Feliz Dia do Professor
- nerd uespi
- 15 de out. de 2015
- 3 min de leitura

O Núcleo de Educação a Distância da Universiodade Estadual do Piauí (NEAD/UESPI) parabeniza todos os seus professores, que a cada dia, demonstram seu amor por essa profissão que é ferramenta fundamental para o desenvolvimento de pessoas e, consequentemente, de um Estado, de um País.
E para traduzir o que é ser Professor, o Coordenador do curso de Graduação em História do NEAD, Prof. Valdinar Filho, fez esse texto que faz uma homenagem e provoca uma reflexão, afinal "dar aula e ser professor significam a mesma coisa?
"Feliz dia do (a) Professor (a): Acredito que eu sempre quis ser professor. Ser professor é um lance de amor Nesse caminho que venho trilhando tenho constatado que existe uma profunda diferença entre dar aula e ser professor.
Dar aula é muito bom. É querer compartilhar conhecimento, propagar a informação. Dar aula exige esforço, dedicação, preparo. Mas existe uma imensa distância entre “dar aula” e ser professor. Porque dar aula é uma atividade, mas ser professor é muito mais do que isso.
Ser professor é, muito antes de ser uma profissão, uma das formas mais genuínas do amor. Como já dizia o grande mestre Paulo Freire, “eu nunca poderia pensar em educação sem amor. É por isso que me considero um educador: acima de tudo porque sinto amor.”
Porque professor vai além. Além das tarefas estabelecidas em contrato, além das horas pagas no contracheque, além da ideia de que aquilo é apenas um meio para se ganhar a vida. Professor quer saber o nome, quer saber quem é quem, quer saber as histórias, os origens, os rumos pretendidos.
Professor está na chuva para se molhar, para se arriscar diariamente. Para sofrer com as derrotas e vibrar com as vitórias dos alunos. Para corrigir provas como quem assiste a um jogo de futebol, se lamentando quando um craque chuta a bola no travessão. Desacreditando quando um perna de pau acerta a bola no ângulo.
Professor se envolve, mesmo quando tenta evitar. Professor se perde no cronograma. Não está lá só para cumprir horário e currículo. Está lá para parar a cada dúvida, para ensinar não só a matéria, mas ensinar o melhor do pouco- ou muito- que sabe sobre a vida. Professor acaba por viver muitas vidas além da sua. Vivencia o crescimento, os obstáculos, as crises, os começos de namoro, as brigas entre amigos, problemas de casa, a conjuntivite alheia, as angústias, os caminhos.
Professor não tem medo de se expor, de se mostrar humano e vulnerável. Não tem medo de roupa preta suja de giz, de pilhas de livros para carregar, da odisseia do fechamento dos diários no fim do ano, nem das provas que parecem dar cria na calada da noite. Mas tem medo de errar. Ah, se tem. Mas continua, assim mesmo. Continua porque existe algo bem maior por trás desse medo. Algo que nos torna um tanto quanto imune às adversidades, salários brincalhões, poucas horas de sono, pendências infindáveis, conversas paralelas e ao eterno risco que é tentar ensinar.
Só o que sei é que, no fim das contas, ser professor é um lance de amor. Às vezes é sofrido. Às vezes é maçante. Como todo amor. Mas é uma dessas paixões avassaladoras que vicia, e que quem sente, já não consegue ver sentido em viver sem. Enfim, só pode ser amor mesmo!!!! Professor Valdinar Filho
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